segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CIRCUITO DA SERRA DA CANASTRA - MG
(15 e 16 de novembro de 2013)


Equipe:
Elder - XRE 300 vermelha
Moisés - XRE 300 branca

O planejamento para esta expedição foi feito em poucos dias e decidimos o trajeto no dia anterior à viagem.

1º DIA - 15/11

Saímos de Uberaba-MG com destino à cidade de Sacramento-MG (80km de asfalto). Acordamos cedo, e às 04:45h. aceleramos para o nosso destino.
Antes do amanhecer chegamos a Sacramento e paramos para abastecer novamente as motos e tomar um café com pão de queijo... parada essencial, pois é o último posto antes dos 250 ou mais km até a cidade de São Roque de Minas.

Café com pão de queijo em Sacramento

Delícia de pão de queijo

Abastecimento ante de pegar a estrada de terra


Partimos do posto com os primeiros raios de sol e entramos na estrada de terra que dá acesso à Portaria de Sacramento do PARNACANASTRA. Rodamos cerca de 100km numa estradinha margeada de eucaliptos e quando estávamos a poucos kms da entrada do Parque saímos da estrada principal e pegamos um acesso que daria na região norte da Canastra.



Sexta-feira e o sol nascendo em Sacramento

Parada para um descanso na entrada de Desemboque

Moisés acelerando e curtindo.

A caminho da Cachoeira da Parida

Rodamos cerca de 20 kms (desconhecidos por nós até então) e chegamos na Cachoeira da Parida. Lindo lugar com uma beleza que as fotos não são capazes de demonstrar. Dizem que as águas do rio formado por essa cachoeira são cristalinas como as da região de Bonito-MS. Não conhecemos BONITO, mas a PARIDA é bonita demais, viu.

O dono do local, seu Manoel é uma pessoa muito receptiva e nos tratou muito bem. Falou que aquela era a cachoeira mais bonita da Canastra... hehehe. Sabemos que naquelas 'bandas' a disputa é acirrada. Mas, com certeza, a parida está no Top Five da Canastra.

Curtimos a Cachoeira da Parida por cerca de uma hora e partimos em direção à cidade de São João Batista.

 

Chegando a Cachoeira da Parida

Seu Manoel - dono da propriedade onde fica a Parida

Ponte do rio que cai... heeheh. A caminho da Parida

Rio da Parida e o Moisés matando a sede! Veja como as águas são cristalinas.

Cachoeira da Parida

Cachoeira da Parida... existe outra queda maior. Não a conhecemos. O Sr. Manoel disse que lá que é lindo. Fica pra próxima quando os "manos" de SP vierem

O problema é que, como nunca havíamos passado por aquela região, nos perdemos. E graças ao bom Deus, ele nos levou por uma estradinha que terminou ao pé de outra cachoeira, na residência do Sr. Juarez.
Cachoeira da Boa Vista - sem palavras!!! 130 metros de beleza com suas águas descendo diretamente do Parque.



Moisés pedindo informações... não adiantou nada. Nos perdemos, para a nossa alegria!

Riachim de nada!

Acelerando sem destino!!!

Uma porteira atrás da outra!!!

Mais uma porteira e o paredão norte da Canastra ao fundo. Perdidos tentando achar o caminho para São João Batista.

A caminho da Cachoeira da Boa Vista e sem saber disso.

Vamos molhar o bico das bicudas!!!

A subidinha é tensa! Sobe patinando, hehehehe.

Molhando as bicudas!

Barrim de nada!!!

A Cachoeira da Boa Vista é linda. Ficamos por ali cerca de uma hora e, com disse, estávamos perdidos e pedimos orientação ao Sr. Juarez sobre como chegar a São João Batista. Ele nos informou um caminho que pegava uma estrada, subia um morro, passava no alto de uma colina e... acho que percebeu que nos perderíamos novamente. Aí, o filho dele deu a seguinte sugestão: - passem pela nossa porteira e atravessem aquele riachinho, depois subam aquela trilha das vacas que vocês sairão lá na propriedade do meu irmão... aí é só pegar a estrada principal que vocês chegam em São João Batista.

Para nosso sufoco e alegria, hehehehe... aceitamos a sugestão do rapaz e seguimos em direção ao riacho.



Cachoeira da Boa Vista... lugar fantástico!

Aqui é o começo da enrascada que o filho do Sr. Juarez nos enfiou. Essa trilha leva a um riacho sem saída para o outro lado. Mas o Magayver construiu uma rampa de pedras.

Moisés descendo com todo o cuidado.
Ficamos mais de uma hora tentando atravessar o tal do riacho.
Na verdade não foi uma travessia. Tivemos que andar com as motos no curso do rio para então acharmos um barranco que seria nossa saída para o outro lado... O problema é que a chuva havia formado um degrau de aproximadamente um metro de altura e moto nenhuma subiria aquilo. Ainda mais, motos carregadas com bagagens para acampamento.

A solução encontrada pelo Moisés (construtor nato - Magayver) foi a de construir uma rampa com as pedras do fundo do rio... e fomos nós carregar pedra pra que as motos saíssem do rio.

Superado o desafio da saída do riacho, depois de mais de uma hora de luta, o Moisés cai com a moto na tentativa de subir um barranco próximo do rio. Graças a Deus não se machucou.




O rio não tinha saída para o outro lado. Tivemos que "nadar" com as motos até achar um lugar que desse pra sair do rio. Não achamos, mas o Moisés construiu uma saída.... heeheheh

Aí é onde fizemos a rampa de pedras do fundo do rio.

Depois de atravessar o rio, o Moisés veio me ajudar a atravessar também. A dificuldade foi a mesma, mas com o seguinte agravante: tivemos que retirar as malas laterais de minha moto para que ela subisse o barranco que havia derrubado o Moisés. Desafio superado e nunca mais cortamos caminho pela fazenda do Sr. Juarez (acho)... hehehe



Todo cuidado é pouco.

Tenso!!!

Pegamos a estrada principal como nos orientaram e nessa região, diferente da região sul da Canastra, tivemos que descer da moto várias vezes pra abrir e fechar porteiras.

Adivinhem? Nos perdemos novamente. Achamos por acaso uma turma se divertindo em um rio que teríamos que atravessar e perguntamos sobre o caminho... Nos orientaram e não adiantou nada... nos perdemos e rodamos muito, atravessamos uns quatro rios com água batendo no motor das motos e finalmente chegamos a São João Batista. Cidade pequena e somente passamos por ela.


Enfim, depois de altas perdidas, chegamos a São João Batista. Detalhe: O GPS não ajuda em nada aí. As estradinhas nem existem nele.

Entramos no Parque por volta das 14:30h. e fomos rumo a Cachoeira do Fundão. Passamos pela Garagem de Pedra e entramos na estrada que dá acesso ao fundão (mais 9km). O problema é que na descida mais complicada dessa estrada (muita pedra grande solta), tivemos que parar e esperar um comboio de Jipeiros que subiam. Adivinhem... Os Jipes subiam pela terreno bom da estrada e nós de moto ficamos parados nos pedregulhos. O problema foi quando tentei me mecher... Tombo!!! eheheh... Caí com a moto duas vezes no mesmo trecho... Os jipeiros tiveram que me socorrer para levantar a moto, tamanho o peso dela com as bagagens que carregávamos.

Depois desse sufoco, finalmente chegamos ao fundão. Na propriedade particular onde a cachoeira está, servem comida aos 'aventuristas'. Aproveitamos a oportunidade a almoçamos por ali mesmo. O desgaste havia sido tamanho nos tombos da descida que desistimos de andar 1,5km para ver a cachoeira de perto. Fica para a próxima.

Partimos do Fundão com destino a São Roque de Minas. A todo momento cruzávamos ou passávamos por algum turista, que como nós, contemplava aquelas paisagens.

No caminho, encontramos um casal em um Gol azul tentando consertar o escapamento do veículo que estava arrastando no chão. Oferecemos ajuda (como se entendêssemos de mecânica, heheh). Mas, claro que o Moisés - Magayver detectou o problema rapidamente. Empurrou de um lado, eu segurei de outro e o escapamento foi colocado em seu devido lugar. "não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos" ... (Gálatas 6:9).

Mais adiante, uns poucos kms da nascente do Rio São Francisco vimos outro veículo parado na estradinha. Dessa vez, uma mulher estava quase subindo sobre o carro na tentativa de enxergar algo. Parei e por curiosidade perguntei o que ela estava vendo. Ela disse que o marido dela estava atrás de um tamanduá que entrou no mato para fotografá-lo. Disse ainda que tinha avistado uma família de veados um pouco antes.

Ficamos somente na vontade de ver os animais... não foi dessa vez.
A dica é a seguinte: se quer avistar animais no Parque, os melhores horários são nas primeiras horas da manhã ou próximo das 18:00hs.

Saímos na Portaria de São Roque de Minas por volta das 17:30hs. e fomos direto para o Camping da Picareta. Montamos as barracas, tomamos banho, comemos e dormimos.

 

Depois de um tombinho de nada na descida pro Fundão é assim que ficam as malas laterais de sua moto... hehehe

Aqui é a propriedade onde servem comida (cachoeira do Fundão). R$ 10,00 por pessoa à vontade.

Voltamos para a estrada principal do Parque em direção a São Roque de Minas. Só curtindo.

Moisés acelerando no Parque Nacional da Serra da Canastra.

Essa foto na nascente do Rio São Francisco não podia faltar não é Moisés?

Chegamos ao Camping da Picareta e o funcionário anotou os dados dos nossos veículos. R$ 20,00 por pessoa.

Casas arrumadas. Tomar banho, comer e dormir.

DIA 16/11

Acordamos 06:00h. com o sol prestes a aparecer atrás da montanha e começamos a desmontar as barracas e arrumar a bagagem nas motos. Demoramos cerca de 40 minutos, pagamos o Camping e saímos para nosso café da manhã.

Antes, encontramos 2 motociclistas Nova Friburgo - RJ (Fábio e Ita). Eles rodaram mais de 700km para chegar até ali em suas Tenerés 250. Trocamos algumas experiências e nos despedimos.

Tomamos café em São Roque de Minas na Padaria e partimos em direção à Cachoeira Casca D'Anta, parte baixa.



Bom dia Canastra!

Aqui nesta padaria em São Roque de Minas tomamos nosso café com leite e pão de queijo.

Chegamos por volta de 09:30 na Portaria do Parque que dá acesso à parte baixa da Casca D'Anta e caminhamos cerca de 2km margeando o Rio São Francisco até a queda da cachoeira. Fantástico! O Senhor Deus caprichou nela.

Saímos da Casca D'Anta, e subimos em direção à Serra da Babilônia. Demos uma parada no Restaurante do Mirante e seguimos em direção ao Vale da Babilônia, onde seria nosso almoço. Descemos a Serra Branca, encontramos um comboio de veículos 4x4 subindo e finalmente chegamos à Vanda.

Na entrada, uma turma BMWzeiros estava acabando de sair da Vanda para se aventurar na Serra. Almoçamos e partimos em direção a Delfinópolis.


Moisés e a Casca D'Anta.

Casca D'Anta - 180 metros de queda.

Lugar lindo. Glórias a Deus!

Paradinha no Mirante.

Restaurante o Mirante

Chegamos a Vanda. Delícia de comida.

A Vanda tava lotada de Trilheiros e já havia saído uma turma de BMWs.

No caminho, ainda antes da Serra Calçada uma tempestade nos pegou e a partir daí tivemos que ir com muito cuidado pra não escorregar.



Vale da Babilônia a caminho de Delfinópolis.

Pit Stop para colocar capas de chuva.

Último abastecimento em Franca/SP, antes de chegarmos em casa.
Chegamos ao Camping do Claro mas estava lotado. Então o Moisés deu a brilhante idéia: Elder, vamos dormir em casa? Prontamente disse que sim! Estávamos ensopados e nada melhor do que uma caminha da gente pra descansar depois de mais uma aventura na Canastra.

Partimos de Delfinópolis, atravessamos a balsa para Cássia, seguimos em direção a Franca/SP e alcançamos nosso destino e lar: Uberaba.

Valeu demais o passeio.

Mais uma vez o Senhor Deus nos guiou e guardou. Rendemos a Ele toda a glória!

Elder Árcega